sexta-feira, 18 de maio de 2012

Quem somos?

Sento-me sozinha, a ouvir a música, aquela música que é intemporal, com o poder de tocar em qualquer coração, olho em volta, está tudo vazio, em mim há um vazio que se vai preenchendo por uma confusão de pensamentos que se tornam inúteis, tenho tudo e ao mesmo tempo nada, sou grata pela amizade e o amor que recebo daqueles que são os meus chamados amigos e além, o problema sou eu, talvez, EU não sei quem sou, nem o que faço aqui, nem para onde vou, ando sem rumo ali e além, sem motivo nem motivação, a minha vida é controlada por presidentes corruptos, que me roubam a juventude, as regras são tantas que me sufocam, já nem sei que direcção escolher, tenho questões inúmeras que me tiram horas por procurar responde-las, muitas vezes sem sucesso. Imagina se eu um dia decidir que não quero ser uma advogada ou uma médica? e escolher andar à deriva pelo Mundo, em busca da beleza deste e da minha paz de espirito? Vão-me julgar? Porque não querer ser convencional e querer esquecer as regras de uma sociedade dominada pelo dinheiro e o poder? Claro, é isso que esta sociedade faz, talvez se conseguir algum feito, vão-me chamar de heroína, aquela que foi corajosa o suficiente para "enfrentar o touro pelos cornos",talvez até me dêem uma alcunha como "a destemida", até lá vão me chamar de ignorante, a parva, aquela que "fugiu às suas responsabilidades", é isto que a sociedade é, interesseira. Esta sociedade preconceituosa nunca me ia chamar corajosa por ter sido diferente, por ter esquecido as regras feitas pelo dinheiro, por ter tentado, ía-me chamar burra e estupida, ía-me me apontar o dedo e julgar-me, por esta razão, por esta sociedade de mente fechada e antiquada, ando assim, sem leste, a percorrer vielas e avenidas, entre ventos e chuvas, à procura de uma resposta, talvez à procura da coragem, à procura da vida. Tento perceber o mundo, cheio de politicas e principios, de preconceitos, de riqueza, de pessoas boas e pessoas más, de opiniões diferentes, dividido por continentes, países, cidades, cheio de rivalidade, oiço ele a pedir socorro, com medo, a tremer, eu receio com ele, receio o futuro, receio o desconhecido e até a minha própria espécie, ridiculo? Talvez.
O sentido da vida, um dos quebra-cabeças mas difíceis, secalhar para todos, que pode persistir ao longo de toda a nossa vida, mas secalhar o descubra amanha ou daqui a dois anos, quem sabe? Até é possível que vivesse mesmo ao meu lado, ou então também há a possibilidade de não chegar sequer a encontrá-lo neste Mundo. Dúvidas infindáveis.

                                     Quem somos?